Menina, Mulher & Mãe

As 10 síndromes que caracterizam a maioria das mães

As mães são a espécie mais fascinante e intrigante que irás conhecer. Na verdade, chegam a ser um bocado estranhas, é preciso tornares-te parte da “manada” para as compreenderes melhor (e mesmo assim, ui ui!). Existem 10 síndromes que quase todas têm e que justificam os seus comportamentos peculiares (talvez não existam, mas tenta acreditar que sim, torna-se mais fácil lidar com elas).

1 – Síndrome do Sono de Golfinho

Tal como os golfinhos, que por não poderem adormecer no meio do mar ao longo do dia vão desligando alternadamente cada hemisfério cerebral durante 17 segundos, as mães que se vêem impossibilitadas de dormir várias horas seguidas vão poupando recursos ao manter  um hemisfério cerebral activado de cada vez. Isto pode explicar o motivo de não saberem onde estão as coisas (“viste onde pousei o creme da cara do bebé?“), o facto de repetirem a mesma coisa dezenas de vezes (“já tinha dito isto?“), a emissão de grunhidos em vez de respostas (hummmm), e as respostas que não se lembram de ter dado (“eu tenho a certeza que nunca disse isso“). O cérebro não está a funcionar em pleno, apenas metade está activada de cada vez, por isso haja compreensão (ou então fiquem vocês acordados a cuidar do bebé e irão ver o golfinho virar sereia).

2 – Síndrome das Celebrações Bizarras

Opa, fez cocó até ao pescoço, fiquei mesmo feliz por o ver tão aliviado“, “Pus o soro e era ranho a sair por todo o lado, que bom!“. Estas e outras frases são ditas diariamente por mães , eu própria já fiz danças da vitória que envolviam a macarena e o moonwalk por motivos destes. Sejamos sinceras – para quem vê de fora estas comemorações são muito maradas.

3- Síndrome do “Nem Contigo Nem Sem Ti”

Ora queremos que os nossos filhos acordem pois estamos cheias de saudades, ora olhamos fixamente para o relógio enquanto torcemos para que seja hora da sesta; ora queremos que vão brincar sozinhos, ora nos vamos meter nas brincadeiras; ora queremos que comecem a ser mais autónomos, ora tentamos fazer com que voltem a precisar de nós; ora temos vontade de os atirar janela fora (salvo seja), ora choramos por termos pensado isso e nos agarramos a eles enquanto fazemos promessas de amor. A maternidade é assim, uma montanha russa em que vamos do ponto mais alto ao ponto mais baixo (e vice-versa) em segundos. Por vezes sentimos que não sabemos o que queremos, queremos tudo e ao mesmo tempo não queremos nada – deixem lá, é da síndrome!

4- Síndrome do “Over and Out”

A comunicação das mães nos parques é das coisas mais hilariantes que existem:

– Olá, tudo bem?

– Sim e com vocês? (entretanto já um dos bebés correu para a ponta oposta do parque)

(passado 5 minutos)

– Connosco também. Ontem vi uma reportagem muito gira era sobre…(lá o bebé a puxa para o baloiço)

(passados outros 5 minutos volta a conseguir aproximar-se da amiga)

– …era sobre a amamentação no primeiro ano de vida.

– Ah, não vi, deu em que canal? (já nem consegue ouvir a resposta, é puxada para ir atrás de uma bola)

Acreditam que conseguimos passar uma tarde nisto? É verdade, uma conversa que na esplanada de um café duraria menos de 10m, no parque rende 2 horas. Se têm dificuldade em arranjar assunto e manter uma conversa, arranjem uma criança e vão até ao parque mais próximo.

5- Síndrome do “Será que?”

Apesar do síndrome de golfinho, as mães dedicam tempo e recursos à procura de respostas para várias questões criadas por si: “Será que ele devia entrar mais cedo/tarde para a creche? Será que lhe estou a dar uma boa educação? Será que devia dar-lhe mais/menos colo? Será que devia praticar outro tipo de alimentação? Será que sou boa mãe?Será…será…será?“. Estas e outras questões assombram a maioria das mães, surgem repentinamente e entram na festa sem serem convidadas; algumas causam um sentimento enorme de angústia e frustração. Embora de início seja difícil lidar com tantas incertezas, com o tempo vamos conseguindo responder com convicção a cada uma destas perguntas.

6- Síndrome de Doraemon

Lembram-se do Doraemon? Aquele gato azul vindo do futuro que tinha uma bolsinha mágica de onde tirava todo o tipo de objectos e engenhocas para ajudar o seu amigo humano Nobita. Pois é, as mães também têm este poder. Faz o teste – experimenta pedir um objecto qualquer a uma mãe, como uma chave estrela ou um palito, vais ver que depois de ela revirar a bolsa do bebé irá encontrar o que acabaste de pedir. Pensando bem, começo a achar que estas bolsas devem ter um fundo falso.

7- Síndrome do Nervo Óptico Latejante

“Já não mama? Ai, eu tinha leite suficiente para alimentar 5 bebés”. “Ainda não fala? Os meus começaram a falar ainda eu estava no recobro”. “Faz birras? Eu sempre consegui educar os meus para que não me fizessem passar vergonhas”. Se repararem, enquanto as mães ouvem estas pérolas um dos olhos começa a ficar semicerrado e vai tremendo, enquanto aumenta e diminui de tamanho (não consigo escrever sobre isto sem que a síndrome dê um ar de sua graça). Esta síndrome é activada com questões descabidas, comentários inoportunos e comparações desnecessárias. Solução: não chatear as mães com conversas da treta.

8 – Síndrome do “Vou só comprar umas calças mas afinal volto com um saco de roupa de bebé”

Um título gigante mas que capta a essência da síndrome. Quantas de nós abrem o armário, reparam que precisam urgentemente de ir comprar umas calças, deslocam-se até ao centro comercial com esta missão e voltam cheias de sacos com roupa para o filhote e sem uma única peça para si, inclusive sem as tais calças que tanto precisavam? Tão típico que até dói!

9 – Síndrome de Culpa

Infelizmente, a maternidade e a culpa andam frequentemente de mãos dadas. Essa culpa resulta da própria apreciação das mães, mas também lhes é frequentemente apontada pela sociedade. A criança come pouco? A culpa é da mãe que não faz sopas saborosas. A criança atira-se para o chão no hipermercado? A culpa é da mãe que não a soube educar. A criança adoeceu? A culpa é da mãe que não a agasalha convenientemente.  Os nossos filhotes têm cérebro e, consequentemente, vontade própria, logo nem tudo depende de nós. Além disso, “a culpa” também é nossa cada vez que eles sorriem, que cantam alegremente, que brincam livres, que mostram que são felizes – esta sim é uma “culpa” que nos vai marcar eternamente.

10- Síndrome do Sorriso Babado

Experimentem olhar para uma foto do vosso bebé e tentem não sorrir. Impossível! O mesmo se passa quando os vemos dormir, quando nos olham nos olhos, quando passam aquelas mãos gulosas pelos nossos rostos ou até enquanto se espremem para fazer cocó. Ao falarmos deles, até das coisas que nos agradam menos, acabamos por ficar com os olhos brilhantes e lá vem o sorriso babado. Nós amamos tanto estes seres pequeninos que quase tudo o que fazem nos enche de felicidade, às vezes nem conseguimos explicar o motivo de tanta alegria. Sinceramente, nunca sorri (e ri) tanto como desde que sou mãe.

3m’s – Menina, Mulher e Mãe

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12 thoughts on “As 10 síndromes que caracterizam a maioria das mães

  1. andreia almeida diz:

    Ola
    Sou mãe de um menino e uma menina, gémeos, de 4 anos. É uma experiência realmente incrível, com mt trabalho, mas ainda mais, amor em dobro… foi engraçado rever-me em todos estes síndromes… alguns que conseguem mesmo esgotar-me… como o 5 e o 9. Mas felizmente, no fim chego sempre a mesma conclusão… dois filhos, criados amados e educados ao mesmo tempo e da mesma forma, a serem tao diferentes… Nada do que fazem pode realmente ser culpa minha… estes pestinhas lindos ja nascem com as suas ‘convicções’ e sou bem grata por eles me ajudarem a perceber… sou uma ótima mãe! O problema é deles… se não querem dormir ou comer ou gostam de birras… não tenho culpa, tenho apenas a responsabilidade de os ajudar a mudar 😉

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    • Olá, Andreia!

      Não imagina como admiro mães de gémeos! Fico sempre com vontade de lhes dar um “choca aqui” e perguntar-lhes se precisam de alguma coisa. Se eu com uma malandreca já me sinto exausta, imagino com 2.
      Ainda bem que se identificou com as síndromes, somos imensas a passar pelo mesmo =)
      Sobre o que diz dos seus filhotes serem diferentes um do outro, essa partilha é muito importante, confirma o que cientificamente está comprovado – os factores do temperamento de cada bebé pesam bastante (neles e na relação que se estabelece). Como diz e bem, os nossos filhos têm o poder de decidir qual o caminho que querem seguir, o nosso papel é quase de facilitadoras que poderão indicar outros caminhos, contudo não decidimos sozinhas (felizmente!).
      Um grande beijinho para vocês, com admiração 😉

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  3. Joana Flores diz:

    Adorei 😊. Simplesmente maravilhoso. Identifico-me com cada uma destas síndromes. Sou mãe de dois meninos, um de 3 anos e um de 6 meses. Não é nada facil, mas vale mais do que tudo na vida. Como a Sara diz e muito bem, nunca sorri tanto na vida como agora 🙂

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    • Olá, Joana!

      Fico muito feliz por ter gostado 😌
      Com duas crianças pequenas lida com estas síndromes em dose dupla, realmente é complicado. Ainda assim, como diz, nós corremos por gosto e não trocávamos esta experiência por nada 😊
      Vivemos cansadas, por vezes frustradas, mas de coração cheio ❤️

      Beijinhos e felicidades para vocês!

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  4. Maria Joao Domingos diz:

    Muito bom , eu sofro disso tudo 3 vezes, várias vezes ao dia. Sou mãe de 3 rapazes com 12, 5 e 2 anos. Não imagina o meu saco mágico… a quantidade de vezes que saio para comprar as tais calças, e o quanto eu preciso de 1 dia, só uma tarde para não fazer nada … mas o meu coração tá cheio

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    • Olá, Maria João!

      Ui, com 3 é muita síndrome junta =P
      Deve ser super exigente ser mãe de 3, o tempo que sobra para si deve ser muito pouco. O lado positivo é que recebe o triplo do amor e, como diz, vive de coração cheio ❤
      Obrigada pela partilha. Beijinhos grandes para vocês!

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